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Show do Brás - Ep #32 – Como uma civilização se tornou uma ditadura islâmica

Brás Oscar · 23 de Maio de 2024 às 17:00

O irã foi tema das manchetes novamente, e dessa vez foi por causa da morte de todo o alto escalão do governo, incluindo o presidente, num acidente de helicóptero.

Talvez você não saiba, mas o Irã não é um país árabe, eles são persas, um povo indo-europeu muito mais próximos dos caucasianos da Europa que dos árabes.
A antiga Pérsia foi uma civilização que legou muito à humanidade e, quando foi invadida pelos árabes e convertida à força ao Alcorão, sofisticou o mundo islâmico com matemática, medicina, poesia, astronomia e química, justamente por ser muito mais avançada que os povos da península arábica, que basicamente se dedicavam ao comércio, guerras tribais e saques de caravanas.
Até a década de 1970, o país, agora chamado Irã, era uma monarquia pujante, amiga do Ocidente, que buscava um equilíbrio entre manter a fé islâmica e implementar avanços políticos, liberdade de expressão, igualdade perante da lei e apreço pela cultura laica, como cinema, música clássica e literatura.
O que transformou esse país livre e promissor numa distopia do fanatismo religioso foi a revolução liderada pelo Aiatolá Khomeini em 1979, que é continuada até pelo seu sucessor, o Aiatolá Khamenei, que, por meio de um golpe de estado, depôs o rei e instaurou uma república com a Sharia como lei e com a figura do Aiatolá como Líder Supremo.
Desde então, o Irã é aliado de toda a escoria da política mundial: ditadores, comunistas e terroristas, e transformou a guerra ao Ocidente e a destruição de Israel no objetivo máximo da nação.

Links dos livros citados:
O mínimo sobre café
O mínimo sobre distopias
A estranha morte da Europa: Imigração, identidade, Islã


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