DITADURA BRASILEIRA

Canção do Não-Exílio – Uma homenagem a meu amigo Monark

Paulo Kogos · 4 de Outubro de 2023 às 17:27 ·

Paulo Kogos escreve uma comovente carta ao amigo Bruno Aiub, o Monark, obrigado a exilar-se nos EUA para continuar exercendo seu trabalho de comunicador

 

Meu primeiro sentimento em relação a Bruno Aiub, o Monark, foi de raiva. Era um longínquo 2018, antes da ditadura sanitária, antes de o STF impedir Bolsonaro de nomear Ramagem, antes de o Doria Calcinha Apertada tentar me prender, antes de Anthony Fauci e Bill Gates cometerem o maior genocídio biológico da História, antes de soltarem o mensaleiro-mor da nação e o colocarem mediante fraude no posto máximo, antes de as Forças Armadas cometerem crime de perfídia contra civis patriotas. Naquela época eu ainda não tinha aquilo que Schopenhauer diz ser condição do pessimismo: a plena posse dos fatos. Talvez por isso eu comprasse todas as brigas, pois eu ainda nutria a esperança de ver a verdade triunfar nas redes sociais.

Monark havia postado uma defesa das fronteiras abertas e da livre imigração, despertando minha indignação e meus ácidos ataques argumentativos contra ele. A reação do meu oponente, porém, foi de uma profunda humildade e honestidade intelectual. Diante dos fatos que eu expus, ele reconheceu não ter estudado a questão a fundo e me convidou para um podcast. Aquela pureza de intenções, vontade de aprender e apreço pelo ser humano me lembrou a sabedoria de Simão, o Sapateiro, cuja sapataria, na ágora ateniense, era frequentada por Sócrates. Simão ouvia, aprendia e anotava durante seu ofício, e por isso se tornou um sábio assim reconhecido por grandes filósofos. Monark fez o mesmo enquanto trabalhava produzindo conteúdo. Eu, por minha vez, o xinguei, esbravejei, mas nunca quis calá-lo...

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