Dilma nega tentativa de financiar a Rússia com dinheiro do Banco do Brics
O bloco do Brics é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos. Atualmente, o grupo também negocia a integração do Uruguai
Nesta quarta-feira (26), por meio de nota oficial, a ex-presidente do Brasil, ex-guerrilheira e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, sigla em inglês), conhecido como Banco do Brics, Dilma Rousseff (PT), negou que esteja atuando para facilitar o financiamento do regime de Vladimir Putin através da instituição.
Dilma está em São Petersburgo para a Segunda Cúpula Rússia-África – Fórum Econômico e Humanitário. Após a abertura do evento, a petista deverá se reunir em privado com o presidente Putin.
De acordo com a CNN Brasil, fontes em Xangai disseram que Dilma teria “proposto emprestar dinheiro à Rússia, mas a China teria rejeitado a ideia por receio de o banco ser alvo de sanções do Ocidente”. Dilma negou a informação e disse que “quaisquer especulações sobre tal assunto são infundadas”.
“Quando recebeu em maio o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, na sede do banco em Xangai, na China, Dilma assegurou que a instituição cumpriria suas obrigações com ‘todos os membros fundadores, incluindo a Rússia’”, destacou a CNN.
“Tanto no encontro com os presidentes da Rússia e da África do Sul, Dilma Rousseff vai discutir a próxima Cúpula dos BRICS, que será realizada na África do Sul, tratando de temas como a expansão de membros do NDB e outros assuntos. Cabe destacar que a expansão dos membros do NDB não tem os mesmos requisitos e critérios aplicáveis à expansão dos membros do grupo geopolítico Brics [...] O NDB reiterou que não está considerando novos projetos na Rússia e opera em conformidade”, diz um trecho da nota divulgada nas redes sociais de Dilma.
Nota sobre a visita de Dilma à Rússia. pic.twitter.com/xVji0ctMnF
— Dilma Rousseff (@dilmabr) July 26, 2023
Em seu site oficial, o Banco do Brics garantiu que “o objetivo de ambas as reuniões bilaterais é verificar as opiniões de ambos os países membros sobre o papel do NDB na próxima cúpula do BRICS” e reforçou a negativa sobre eventual atuação de Dilma em favor do financiamento à Rússia.
Por meio de nota, o Kremlin confirmou a participação de Putin no evento e disse que o presidente russo espera a “assinatura de dezenas de acordos intergovernamentais e interdepartamentais nas áreas comercial, econômica, de investimentos, científica, técnica, cultural e humanitária”. Além disso, os integrantes do bloco “devem discutir possíveis formas de resolver a situação em torno da Ucrânia”.
O bloco é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos. Atualmente, o grupo também negocia a integração do Uruguai.
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