Governo Lula fecha primeiro semestre com rombo de R$ 42,5 bilhões nas contas públicas
Lula recebeu o país do ex-presidente, Jair Bolsonaro, com um saldo positivo de R$ 59 bilhões nas contas públicas. Foi a primeira vez desde 2013 que um presidente entregou o Brasil para outra administração com as contas no azul
De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, na última quinta-feira (27), o governo Lula III fechou o primeiro semestre de 2023 com um rombo de R$ 42,5 bilhões nas contas públicas.
Vale ressaltar que Lula recebeu o país do ex-presidente, Jair Bolsonaro, com um superávit de R$ 54,9 bilhões. Em valores corrigidos pela inflação, o petista pegou o país com um saldo positivo nas contas públicas de R$ 59 bilhões. Foi a primeira vez desde 2013 que um presidente entregou o Brasil para outra administração com as contas no azul.
Só no mês de junho deste ano, o déficit primário foi de 45,2 bilhões. O pior resultado para o mês desde 2021, quando o país enfrentava a pandemia do vírus chinês e acumulou um rombo de mais de R$ 84,8 bilhões. Sob Bolsonaro, o Brasil recebeu elogios de vários países pela condução e recuperação da economia pós-pandemia.
Em 2022, o governo Bolsonaro registrou um superávit de cerca de R$ 15 bilhões.
Segundo o relatório do Tesouro, o resultado desastroso do governo Lula no mês de junho se deu por conta de uma redução de 20,1% na receita líquida e um acréscimo de 4,9% em despesas totais, ou seja, apesar da política de aumentar impostos, subiram os gastos e diminuiu a arrecadação.
No total, a projeção da Lei Orçamentária Anual (LOA) é de que o país feche o ano com um rombo de R$ 228 bilhões. O Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, aposta em um rombo menor, algo próximo dos R$ 100 bilhões.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, culpou as desonerações feitas no governo Bolsonaro pelo atual rombo nas contas públicas.
“Por mais que o Ministério da Fazenda tenha adotado medidas para recompor as receitas que foram desoneradas, é preciso respeitar ciclos de noventenas [...] Apreciação do real é saudável, mas também gera redução na projeção de receita. Ainda consideramos viável um déficit próximo de R$ 100 bilhões em 2023", afirmou Ceron.
Confira o relatório na íntegra.
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