POLÍTICA

Julgamento de Seif tem reviravolta e senador pode ser absolvido pelo TSE

Redação BSM · 30 de Abril de 2024 às 18:59 ·

Relator do caso apresenta um novo parecer sobre o processo de cassação de mandato do senador Jorge Seif (PL-SC)

O julgamento do senador Jorge Seif (PL-SC) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), retomado nesta terça-feira (30) foi marcado por uma reviravolta: o relator do processo, ministro Floriano Marques, causou surpresa ao distribuir um novo voto aos colegas ministros, desta vez defendendo a absolvição do senador, em contraste com seu parecer inicial pela cassação.

Se o voto do relator pela absolvição se confirmar, é possível que o cenário que vinha se desenhando, de um placar apertado, seja ultrapassado por uma vitória mais elástica de Jorge Seif. Há quem aposte, inclusive, em absolvição por unanimidade.

A mudança nos ventos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já era perceptível após o julgamento ter sido adiado pela segunda vez, no dia 16 de abril. O cenário, que era lido como bastante espinhoso para Seif em Brasília, mudou bastante e muito rápido.

Aliados de Seif expressam otimismo, mencionando apoio político significativo, tanto no Senado quanto em Brasília, inclusive de figuras que mantiveram influência sob diferentes governos. A defesa pessoal do senador junto aos ministros do TSE e sua continuidade política local, independentemente do resultado do julgamento, reforçam essa confiança.

Há três motivos básicos para a mudança de rumos no caso de Seif.

1. A classe política vê com maus olhos a cassação de um senador da República – mesmo deputados e senadores da base de Lula se mexeram para tentar livrar Seif da cassação.

2. O Judiciário está desgastado. Assim, um processo de cassação só pode vingar se as provas forem incontestáveis – o que está longe de ser o caso no atual processo. As supostas provas contra Seif são frágeis.

3. Uma eleição suplementar para senador em Santa Catarina a esta altura, juntamente com as eleições municipais, pode provocar uma avalanche de votos para o PL. E um novo senador oposicionista – mais à direita – poderia ser eleito.

 


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