PRESIDENTE SEM POVO

Lula reclama de baixo público em ato no estacionamento do Corinthians

Paulo Briguet · 1 de Maio de 2024 às 19:59 ·

Ocupante da Presidência e ministros ficam constrangidos com pequena presença de militantes. “Um boneco do Bolsonaro atrai mais gente”, disse deputado Níkolas Ferreira

O ocupante da Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irritou-se nesta quarta-feira (1° de maio) com o baixíssimo número de militantes que compareceram a um ato de comemoração ao Dia do Trabalho, organizado pelas centrais sindicais, em São Paulo. O evento, realizado no estacionamento do estádio do Corinthians, em São Paulo, causou constrangimento entre os ministros e apoiadores de Lula.

No palco, Lula deu um puxão de orelha em um de seus 40 ministros, o titular da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo:

“Ele [Márcio Macedo] é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pense que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato e eu disse para ele: ‘Ô Márcio, o ato está mal convocado. O ato está mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar’. Mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com um milhão, mas também, se for necessário, eu falo apenas com a senhora maravilhosa que está aqui na minha frente pra conversar com a gente”

Nas redes sociais, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro aproveitaram para ironizar o escasso público dos eventos.

“Um boneco do Bolsonaro coloca mais gente na rua”, disse o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

“Lula bate mais um recorde de fiasco absoluto”, comentou Gustavo Gayer (PL-GO).

Estavam também presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin, e os ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), André Fufuca (Esportes), Cida Gonçalves (Mulheres), Luiz Marinho (Trabalho), Paulo Pimenta (Comunicações) Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).

Se continuar assim, em breve vai ter mais gente no palco do que na plateia.
 

Campanha antecipada

Além do baixo público, Lula aproveitou o ensejo para cometer mais um fiasco, fazendo campanha eleitoral para Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

Lula disse que Boulos está numa “verdadeira guerra” em São Paulo para enfrentar seus adversários políticos – numa referência a Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes, candidato à reeleição.

“Por isso, eu quero dizer a vocês: ninguém derrotará esse moço se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2022 tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, continuou.

A Lei das Eleições considera “propaganda eleitoral antecipada” o pedido explícito de voto antes do início autorizado pela Justiça Eleitoral para o período de campanha. E a campanha só começa em 16 de agosto.

 


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