INTERNACIONAL

Maduro elogia STF e Suprema Corte do México por "garantirem o funcionamento da democracia"

Luís Batistela · 20 de Agosto de 2024 às 09:41 ·

Em 23 de julho, o ditador elogiou o sistema eleitoral da Venezuela, dizendo ser “o melhor de mundo”, e criticou o governo brasileiro por não auditar as eleições.

Menos de um mês após criticar o sistema eleitoral brasileiro, o ditador venezuelano Nicolás Maduro elogiou o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil e a Suprema Corte do México por, supostamente, garantirem o funcionamento da democracia em seus respectivos países. Em uma live transmitida nesta segunda-feira (19), o chavista afirmou que as vitórias de Luiz Inácio Lula da Silva e de Claudia Sheinbaum só foram possíveis graças aos tribunais. Na ocasião, Maduro também acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de sabotagem e de ser o arquiteto dos atos de 8 de janeiro.

“Lula venceu, e o presidente em exercício, seguindo o roteiro extremista de direita, se negou a reconhecer a vitória. Tentou sabotar o processo. O impugnou. Esse processo foi ao mais alto tribunal de Justiça do Brasil, que proferiu a sentença e ratificou a vitória de Lula. Palavra santa. Respeito às instituições do Brasil”, disse. Em seguida, o chavista argumentou que Bolsonaro teria liderado “um golpe de Estado, um assalto (...). Atacaram todos os edifícios do Poder Público do Brasil, incluindo o Palácio do Planalto. Quebraram, destruíram, atacaram”, concluiu.

Reforçando o discurso em favor do STF, Maduro alegou ser “realmente necessário celebrar os tribunais superiores” e a “institucionalidade de grandes países, como o México e o Brasil”. “Os tribunais superiores garantiram o funcionamento da democracia. É assim que deveria ser. E, se é assim por lá, que também seja por aqui [na Venezuela]. Constituição, lei, ordem e justiça”. Em 23 de julho, o ditador elogiou o sistema eleitoral da Venezuela, dizendo ser “o melhor de mundo”, e criticou o governo brasileiro por não auditar as eleições. “Aqui temos 16 auditorias. Em que outra parte do mundo faz isso? (...). No Brasil não auditam um único registro”.

 


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