O combate à fome como controle dos alimentos
O 2º objetivo do chamado desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 trata-se na verdade de controle dos alimentos consumidos pela população
Por Hermes Rodrigues Nery
Se cada um dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável consiste em eufemismos para justificar controles estratégicos, o primeiro deles — erradicação da pobreza — tem a ver com o controle populacional. E o 2º objetivo da Agenda 2030, quando fala em acabar com a fome, tem a ver com o controle dos alimentos. O livro de F. William Engdahl, “Sementes da Destruição”, mostra o que está por trás da agenda do controle dos alimentos, cujo estratégia está expressa no mantra Combater a fome. Na prática, o combate à pobreza e o combate à fome são apenas campanhas publicitárias, com sofisticado marketing para ludibriar as massas.
Na verdade, trata-se de uma agenda também para o controle dos alimentos e recursos naturais do planeta por oligopólios que se agigantam cada vez mais, solapando os pequenos e médios empreendedores, principalmente os produtores rurais.
No começo do século 21, o mercado de sementes estava concentrado em dez empresas, formando uma rede em setores-chaves: “sementes, produtos agroquímicos, genética para a pecuária, fertilizantes sintéticos, máquinas agrícolas, produtos farmacêuticos para animais, comercialização de matérias-primas, processadores, indústria de carnes, varejo de alimentos e plataforma de entrega de alimentos”. Duas décadas depois, apenas quatro corporações dominam o setor: Bayer, Syngenta, BASF e Corteva. “Quatro companhias monopolizam 44% do mercado de máquinas agrícolas: Deere, Kubota, CNH e AGCO. A primeira delas controla 18% do mercado. Em relação aos produtos farmacêuticos animais, seis companhias (Zoetis, Merck, Boehringer Ingelheim Animal Health, Elanco + Bayer Animal Health, IDEXX Laboratórios e Ceva Santé Animale) representam 72% da oferta mundial, com a Zoetis liderando com 20%”.
Controle dos alimentos significa a concentração da produção de alimentos nas mãos dos oligopólios, de algumas poucas grandes empresas, que vão ter acesso às sementes e produzir os alimentos [a Agritech] com equipamentos sofisticados, computacionais, usando Inteligência Artificial, tirando o emprego de milhares de pequenos e médios agricultores e pecuaristas, empurrando-os para as grandes cidades, as cidades de 15 minutos, as cidades inteligentes, inteiramente digitais, com tudo conectado e monitorado, com a sociedade atomizada e automatizada, para esse grupo de tecnocratas lucrarem e controlarem as pessoas ao máximo.
Para concentrarem os recursos naturais em suas mãos, eles precisam de justificativas e argumentos para que as pessoas, imbecilizadas pelos meios de comunicação, não percebam que estão sendo encurraladas na prisão em que eles querem colocar todos. Sim: as cidades inteligentes, as cidades 15 de minutos, serão prisões, com restrições da liberdade e da mobilidade, a extensão mais sofisticada da experiência do sistema de crédito social chinês.
Para que o controle seja mais eficaz, está havendo um maciço investimento na parte material da agenda do globalismo, o hardware da rede da teia global, com inovações tecnológicas que estão se incorporando no dia-a-dia das pessoas, buscando uma homogeneização do pensamento e do comportamento, para que cada um, em qualquer parte do planeta, esteja adestrado e conformado com a Nova Ordem Mundial implementada.
A palavra-chave do controle é condutividade (interna e externamente), o processo passa por isso, para que os comandos sejam conduzidos de forma padronizada e previsível, em cada detalhe, para que a sociedade, vista como uma máquina, possa ser gerenciada pelos que estão no comando da condutividade, em todos os aspectos.
O livro “Nanossensores para Cidades Inteligentes” aborda, do ponto de vista técnico, o funcionamento da parte material da agenda, tendo os nanossensores como altamente estratégicos para a concretização da rede da teia global. A maioria das pessoas não tem a menor noção do que eles estão fazendo, e como estão procurando moldar o mundo a imagem e semelhança deles, com a nova mentalidade que eles estão querendo impor no mundo todo.
Condutividade e conectividade fazem parte da estratégia do controle, em todos os campos da sociedade, e também dos alimentos. Os meios de comunicação, no mundo todo, fazem a propaganda dos benefícios que as Cidades Inteligentes e a Internet das Coisas poderão trazer, principalmente no setor da agricultura, facilitando como nunca antes a produção, o transporte e a comercialização dos produtos, com as inovações tecnológicas.
Combater a fome só será possível, portanto, submetendo toda a população às inovações tecnológicas impostas, pois que os processos de produção e distribuição dos alimentos estarão cada vez mais controlados pelos oligopólios, que lucrarão exorbitantemente e dificultarão e até mesmo dificultarão o trabalho de pequenos e médios produtores rurais, inviabilizando a prática da agricultura e pecuária tradicionais, com a automação controlada pelos oligopólios. É disso que se trata o segundo objetivo de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030.
— Hermes Rodrigues Nery é especialista em Bioética pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Coordenador Nacional do Movimento Legislação e Vida. Autor do livro: “Controle Oculto: a Agenda do Poder Global”.
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