Orquestra da UEL traz manhã de concertos com Dvorák e Borodin
Na manhã do próximo domingo (8), feras da OSUEL interpretam clássicos inesquecíveis da música de câmara
A Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (OSUEL) convida o público para uma manhã de domingo ao som de melodias encantadoras no Cine Teatro Ouro Verde. O evento, parte da série Música de Câmara da OSUEL, ocorrerá no dia 18 de agosto, às 10h30, e contará com a participação dos músicos Nildo Baía e Afonso Barros nos violinos, Jairo Chaves na viola, e Fernanda Monteiro no violoncelo. Neste concerto, serão apresentadas duas peças emblemáticas que atravessam continentes e épocas: o Quarteto de Cordas nº 2 em Ré Maior, de Aleksandr Borodin, e o Quarteto de Cordas nº 12 em Fá Maior, Op. 96, conhecido como "Americano", de Antonín Dvořák.
De acordo com o maestro Rossini Parucci, Diretor Artístico e Regente Titular da OSUEL, “a música de câmara, especialmente os quartetos de cordas, ocupa um lugar central na tradição da música de concerto, oferecendo uma forma íntima de expressão musical que revela a essência da interação e comunicação entre poucos instrumentistas. Essa configuração permite a cada músico destacar-se não apenas como parte de um todo, mas também como solista, criando uma experiência rica e detalhada tanto para os executantes quanto para o público”.
Quarteto de Cordas nº 2 em Ré Maior
Aleksandr Borodin, renomado químico e médico, também foi um talentoso compositor, criando seu Quarteto de Cordas nº 2 em Ré Maior durante as férias de verão de 1881 como um presente de aniversário de casamento de 20 anos para sua esposa. Esta obra, concluída em dois meses, estreou em 1882 pela Sociedade Musical Russa em São Petersburgo. O primeiro movimento do quarteto utiliza a forma sonata, começando com um tema no violoncelo, simbolizando a voz de Borodin, seguido pelo violino, representando sua esposa. O segundo movimento, um scherzo animado, demonstra a influência de Mendelssohn e foi popularizado na Broadway no musical “Kismet”, com destaque na canção “Baubles, Bangles, and Beads”. O terceiro movimento, noturno, famoso por sua beleza lírica, também inspirou “And This Is My Beloved” de “Kismet”. O finale mescla um tema folclórico com a textura lírica de Borodin, encerrando a obra de forma vibrante e otimista. Este quarteto é uma joia do repertório de câmara, misturando emoção pessoal e sofisticação técnica, e continua a inspirar audiências mundialmente.
Quarteto de Cordas nº 12 em Fá Maior, Op. 96
O Quarteto nº 12 foi composto por Antonín Dvořák durante sua estadia nos Estados Unidos, onde dirigiu o Conservatório Nacional de Música em Nova York a convite de Jeanneme Thurber. Thurber, uma socialite empenhada em cultivar uma tradição de música clássica americana, via em Dvořák a liderança ideal para essa missão cultural. Em Nova York desde 1892, Dvořák foi inspirado pela comunidade tcheca local, compondo o Quarteto e a Sinfonia Novo Mundo em 1893, em Spillville, Iowa. O Quarteto é marcado por melodias simples e reflete as paisagens tranquilas de Spillville, iniciando com um tema robusto na viola, o instrumento de Dvořák, que remete às suas raízes boêmias e à música folclórica tanto americana quanto tcheca. O segundo movimento, lírico e contemplativo, é descrito como um “blues boêmio”. O terceiro, um scherzo animado, incorpora o canto do Tanager Escarlate, encontrado por Dvořák em suas caminhadas. O movimento final é um finale alegre e vibrante, refletindo a visão otimista do compositor sobre a vida. Esta obra é um exemplo eloquente de como Dvořák integrou as tradições folclóricas de sua terra natal com as influências americanas.
Serviço:
Concerto da Orquestra Sinfônica da UEL – Música de Câmara
• Data: 18 de agosto, domingo
• Horário: 10h30
• Local: Teatro Ouro Verde, em Londrina
• Ingressos: pagtickets.com.br ou na loja Mundomax – Unidade Sonkey
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