OPERAÇÃO TEMPUS VERITATIS

PF diz que Moraes era "monitorado" por núcleo de "inteligência paralela" do governo Bolsonaro

João Pedro Magalhães · 8 de Fevereiro de 2024 às 15:00 ·

Segundo a PF, as apurações indicam que o grupo investigado se dividiu em diferentes núcleos para supostamente legitimar a realização de um golpe de Estado utilizando estratégias de "milícia digital" e, conforme afirma Moraes, realizar o monitoramento de autoridades

A Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, alega a suposta existência de um núcleo de inteligência paralela composto pelo general Augusto Heleno, Mauro Cid e Marcelo Câmara, integrantes do governo Bolsonaro, para monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do STF, rastreando seu itinerário, deslocamento e localização, com planos de captura e detenção após um golpe de Estado.

"A autoridade policial aponta que Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Marcelo Costa Câmara e Mauro César Barbosa Cid integraram o núcleo de inteligência paralela, responsável pela coleta de dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões do ex-Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na consumação do golpe de Estado. Os membros teriam monitorado o itinerário, o deslocamento e a localização do Ministro do Supremo Tribunal Federal e então chefe do Poder Judiciário Eleitoral, Alexandre de Moraes, e de possíveis outras autoridades da República, com o objetivo de captura e detenção, nas primeiras horas que se seguissem à assinatura do decreto de golpe de Estado", afirma a decisão da própria suposta vítima, ministro Alexandre de Moraes.

Nesta manhã (8), a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação com foco em aliados do ex-presidente, como parte de uma investigação sobre uma suposta organização criminosa que teria trabalhado para promover um golpe de Estado e ameçar o Estado Democrático de Direito após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Segundo a PF, as apurações indicam que o grupo investigado se dividiu em diferentes núcleos para supostamente legitimar a realização de um golpe de Estado utilizando estratégias de "milícia digital" e, conforme afirma Moraes, realizar o monitoramento de autoridades.

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